segunda-feira, 30 de maio de 2011

Emissões batem recorde em 2010 e ameaçam meta de combate a aquecimento (Postado por Erick Oliveira)

As emissões internacionais de gases responsáveis pelo efeito estufa bateram um recorde histórico no ano passado, colocando em dúvida o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global em menos de 2 graus, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira pela Agência Internacional de Energia (AIE).
Segundo a agência, as emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa, cresceram 5% no ano passado em relação ao recorde anterior, em 2008. Em 2009, as emissões haviam caído graças à crise financeira global, que reduziu a atividade econômica internacional.
A agência estimou ainda que 80% das emissões projetadas para 2020 no setor de energia já estão comprometidas, por virem de usinas elétricas atualmente instaladas ou em construção.
"O significativo aumento das emissões de CO2 e o comprometimento das emissões futuras por conta de investimentos de infraestrutura representam um grave revés para nossas esperanças de limitar o aumento global da temperatura para não mais de 2 graus Celsius", afirmou Faith Birol, economista-chefe da AIE e responsável pelo relatório anual da entidade World Energy Outlook.
Limite
A meta de limitar o aumento global das temperaturas médias em 2 graus foi estabelecida durante a conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada no ano passado em Cancún. O limite foi estabelecido de acordo com um relatório técnico que indicava que se a temperatura global aumentar mais que 2 graus as consequências podem ser irreversíveis e devastadoras.
Segundo os cálculos da AIE, a quantidade de CO2 emitida no mundo atingiu 30,6 gigatoneladas no ano passado, um aumento de 1,6 gigatoneladas em relação ao ano anterior. A AIE estimou que para limitar o aquecimento dentro dos limites aceitáveis, as emissões globais não devem ultrapassar as 32 gigatoneladas até 2020.
Se o crescimento das emissões neste ano igualar o do ano passado, esse limite já terá sido ultrapassado, nove anos antes do prazo.
"O mundo chegou incrivelmente perto do limite de emissões que não deveriam ser alcançadas até 2020 para a meta de 2 graus ser atingida. Dada a redução do espaço para manobras até 2020, ao menos que decisões fortes e decisivas sejam tomadas logo, será extremamente difícil conseguir alcançar a meta global acertada em Cancún", diz Birol.
Segundo a AIE, os países considerados desenvolvidos foram responsáveis por 40% das emissões totais em 2010, mas responderam por apenas 25% do crescimento global das emissões.
Países em desenvolvimento, principalmente China e Índia, registraram um aumento muito maior de suas emissões, acompanhando seu crescimento econômico acelerado.
Quando consideradas as emissões per capita, porém, os países desenvolvidos tiveram uma emissão média de 10 toneladas por pessoa, enquanto na China foram 5,8 toneladas per capita e, na Índia, 1,5 toneladas.

sábado, 28 de maio de 2011

Sespa mostrará riscos do tabagismo no Dia Mundial sem Tabaco


Divulgação
Causador de 200 mil óbitos por ano no Brasil, o cigarro é um problema de saúde pública e alvo de campanhas de combate e prevenção

O Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de Maio, será marcado no Pará por uma programação direcionada a toda a população, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Controle de Tabagismo, em conjunto com o Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante.

As ações acontecerão na próxima segunda-feira (30), partir das 09h, no hall da Cardiologia, na Unidade de Referência Especializada da Avenida Presidente Vargas, centro de Belém.

Com o tema “Convenção - Quadro para o Controle do Tabaco”, o evento pretende destacar os riscos à saúde associados ao tabagismo e cobrar políticas eficazes para redução do consumo de cigarro. Entre a programação estão previstas apresentações de bandas musicais e grupos de dança de salão, serviços como verificação de pressão arterial, teste de glicemia, teste de HIV, e ações educativas.

Na terça-feira (31), a partir das 8h, a programação prosseguirá com o “II Fórum Paraense de Mobilização Social para Controle do Tabaco”, no auditório da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), com a presença de gestores estaduais e municipais das áreas de Saúde e Educação, legisladores estaduais e municipais, organizações governamentais e não governamentais, empresas privadas e outros segmentos sociais.

Também haverá atividades das 8 às 12h na Praça D. Pedro II, com apresentação de bandas de música e vídeos educativos, medição de monóxido de carbono, realização de exercícios físicos (como alongamento e caminhada na praça), distribuição de panfletos e orientação sobre prevenção e promoção do controle do tabagismo.

Estatística - O tabaco é uma das drogas mais consumidas no mundo, por isso é considerado um grave problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabaco é responsável por 5 milhões de mortes por ano no planeta.

Só no Brasil são registrados 200 mil óbitos a cada ano. O cigarro industrializado, um dos mais utilizados, causa cerca de 50 doenças, por conter quase 5 mil substâncias tóxicas, a maioria causadora de câncer.

Outro fator agravante do tabagismo é que o fumante não prejudica apenas a própria saúde, mas também a dos familiares, amigos, colegas de trabalho e de outras pessoas que inalam a fumaça do cigarro, os chamados fumantes passivos. As pessoas que convivem regularmente com fumantes passivos, mesmo sem fumar, têm até 30% mais de chances de desenvolver câncer, do que as que não respiram a fumaça lançado pelos fumantes.

Ainda de acordo com a OMS, a única forma de evitar esse risco é promover a implantação de ambientes 100% livres de tabaco.

No Pará, a Lei n° 7.094/2008 proíbe o uso do cigarro em órgãos da administração pública direta e indireta, e nas fundações.

Cartilha - Com informações sobre os malefícios do cigarro e outros produtos que utilizam tabaco, foi lançada no município de Capanema, nordeste do Pará, a terceira edição de uma cartilha produzida pela Coordenação Estadual de Tabagismo e pelo 4º Centro Regional de Saúde, sediado em Capanema, mas com abrangência em mais 15 municípios.

A cartilha foi lançada na última quinta-feira (26), em evento com a participação de estudantes, secretários Municipais de Saúde e representantes de gestores municipais envolvidos na campanha de combate ao tabagismo.
A publicação aborda o que é o tabagismo, a composição do cigarro, as doenças causadas pela droga, o impacto na saúde da mulher fumante, tabagismo passivo, os ganhos ao parar de fumar, onde encontrar tratamento para vencer o vício e advertências sanitárias.

O diretor do 4º Centro Regional de Saúde, Breno Oliveira dos Santos, destacou a “responsabilidade dos gestores dos órgãos competentes em fazer cumprir a Lei do Ambiente Livre do Tabaco - Lei Federal 9.294/96 – que trata da restrição da propaganda e do uso do tabaco em espaços coletivos, além da promoção de ações informativas e educativas voltadas à sociedade”.

Segundo ele, “é dever de governantes, gestores, trabalhadores dos setores público e privado, e da sociedade civil contribuir para a manutenção de ambientes saudáveis.

Todo cidadão, fumante ou não-fumante, deve demonstrar atitudes corretas e responsáveis para proteger a saúde pública”.

Ascom/Sespa

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Motos terão que reduzir emissão de poluentes (Postado por Erick Oliveira)

Motocicletas fabricadas no Brasil terão limites de emissão de poluentes mais rigorosos a partir de 2014, conforme resolução aprovada na quinta-feira (26) pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).  A medida alcançará até as motos importadas. Os novos limites colocarão o país no mesmo nível de tolerância já adotado por Europa, Estados Unidos e Japão.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na quarta-feira (25) mostrou que até 2017 haverá mais motos do que carros nas ruas. E parte da frota ainda polui até quatro vezes mais do que carros, informou Rudolf Noronha, gerente de qualidade do ar do Ministério do Meio Ambiente, referindo-se às motocicletas fabricadas até o início do Programa de Controle da Poluição do Ar por Ciclomotores, Motociclos e Similares, o Promot, criado em 2002. Em 2014, entrará em vigor a fase quatro do programa, com limites ainda mais rigorosos já indicados para 2016.
O médico e professor Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP), explica que o processo é positivo. Segundo ele, quando o programa de controle de emissões veiculares foi criado, em 1986, a moto quase não foi levada em conta. "Hoje elas já circulam quase em igual número. Agora tem de controlar igual. Eu acredito muito no sucesso desse programa, porque a moto tem uma vida útil mais curta. Um caminhão ruim dura 30 a 40 anos e uma moto na mão de um motoboy dura cerca de 5 anos. Assim, a velocidade de renovação é maior."
Os fabricantes de motocicletas não informaram o custo da adaptação nas linhas de produção. Honda e Yamaha dominam o mercado brasileiro, que também registra a presença maior de importados da China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Kassab sanciona lei que proíbe venda e distribuição de sacolas (Postado por Erick Oliveira)

Entrou em vigor nesta quinta-feira (19) a lei 15.374, que proíbe a distribuição gratuita ou a venda de sacolas plásticas a consumidores em todos os estabelecimentos comerciais no município de São Paulo.
O texto sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab havia sido aprovado na terça-feira (17) pela Câmara Municipal de São Paulo.

Substitutivo ao projeto de lei 496/2007, obteve 31 votos a favor, cinco contra e 12 abstenções.
As penalidades para quem descumprir a lei são as previstas na lei federal 9605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.  O valor da multa varia de R$ 50 a R$ 50 milhões.
O vereador Aurélio Miguel (PR) contestou a tramitação do projeto e disse na terça-feira que vai recorrer à Justiça. Ele argumentou que o texto substitutivo não passou pela análise das comissões de Justiça, Política Urbana, Finanças e Transportes.
O presidente da Câmara, José Police Neto, mostrou outros três projetos que foram aprovados por meio do método utilizado nesta terça-feira, segundo o qual textos substitutivos lidos em plenário estão automaticamente aprovados para votação caso as comissões não se manifestem em 48 horas. Neste caso, segundo o vereador Cláudio Fonseca, o texto foi lido no dia 11
Os shoppings e supermercados terão até o dia 31 de dezembro deste ano para se adaptarem à lei. Durante este período, os supermercados terão de exibir cartazes, de 40 cm x 40 cm, com os dizeres “Poupe recursos naturais! Use sacolas reutilizáveis.” A fiscalização caberá à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

A lei náo se aplica às embalagens originais das mercadorias, às embalagens de produtos vendidos a granel e às embalagens de produtos alimentícios que vertam água. Também diz que os fabricantes ficam proibidos de inserir em sacolas plásticas a rotulagem degradáveis, assim como as terminologias oxidegradáveis, oxibiodegradáveis, fotodegradáveis e biodegradáveis. Também ficam proibidas mensagens que indiquem vantagens de tais produtos.

Na dia 9, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou um protocolo de intenções entre o governo e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) para a realização de estudos e adoção de ações de substituição das sacolas à base de petróleo utilizadas nos supermercados do estado. A entidade apresentou um cronograma prevendo o fim da oferta das sacolinhas nos supermercados até 25 janeiro de 2012.

O texto substitutivo do projeto, que passou pelo crivo do colégio de líderes dos partidos, baseou-se em ao menos outros sete projetos de lei sobre o assunto que já tramitavam na Casa desde 2007. O projeto de lei 38/2009, do vereador Claudio Fonseca (PPS), por exemplo, já havia sido aprovado em primeira votação no dia 18 de novembro de 2009 e previa até multa para o supermercado que descumprisse a lei. O  infrator será punido com base na lei federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

Votaram contra o projeto os vereadores Atila Russomanno (PP), Carlos Neder (PT), Francisco Chagas (PT) Zelão (PT) e Wadih Mutran (PP). Abstiveram-se os vereadores Antônio Carlos Rodrigues (PR) Agnaldo Timóteo, Alfredinho, Aurélio Miguel (PR), Chico Macena (PT), Antonio Donato (PT), Ítalo Cardoso (PT), José Américo (PT), Juliana Cardoso (PT), Milton Leite (DEM), Quito Formiga (PR) e Senival Moura (PT).

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Supermercados de SP devem deixar de dar sacolas em 2012, diz Apas (Postado por Erick Oliveira)

Os supermercados do estado de São Paulo devem deixar de oferecer sacolas plásticas à base de petróleo aos consumidores a partir de 25 de janeiro de 2012, segundo o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), João Galassi.
A afirmação foi feita nesta segunda-feira (9), durante a assinatura de um protocolo de intenções entre a entidade e o governo do estado para a realização de estudos e adoção de ações de substituição das sacolas à base de petróleo utilizadas nos supermercados do estado de São Paulo.
Os termos do protocolo ainda não foram divulgados mas, segundo Galassi, o objetivo do que ele considera como "um protocolo de compromisso" é que todo o setor já esteja adaptado e não ofereça mais sacolas plásticas até o dia 25 de janeiro de 2012.
Pelo cronograma da Apas, as ações de conscientização vão começar em 5 de junho, no dia do Meio Ambiente. A primeira ação com os consumidores começa no dia 22 de setembro e a Apas espera que, em 12 de novembro, todo o setor já ofereça sacolas biodegradáveis para venda, bem como outras opções de sacolas retornáveis.
“Fizemos um teste piloto, a sociedade aderiu, os supermercados têm que fazer a parte deles. Até porque daqui a pouco vai ter também a lei de resíduos sólidos”.
Em agosto passado, a cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, aboliu as sacolas plásticas dos mercados, tirando de circulação um produto que leva mais de um século para se decompor. Oito meses depois, a Prefeitura de Jundiaí calcula ter reduzido em 95% a distribuição das sacolas, mesmo sem haver uma lei obrigando o comércio a não usá-las.

sábado, 7 de maio de 2011

Poluição do ar faz paulistano ter 2,3 vezes mais risco de ter infarto

Idosos e crianças são os que mais sofrem com o ar sujo.
Qualidade do ar foi considerada regular nesta quarta-feira (6).

Do G1 SP

Das 17 estações da Cetesb na Grande São Paulo, oito apresentaram qualidade do ar regular na tarde desta quarta-feira (6). Por esta razão, a torre da TV Globo na Alameda Santos, na região da Avenida Paulista, será iluminada nesta noite com a cor amarela.

A poluição atmosférica nas metrópoles diminui a expectativa de vida. Em São Paulo, a redução pode chegar a três anos. Idosos e crianças sofrem mais. Quem vive na capital paulista tem 2,3 vezes mais risco de ter um infarto do que uma pessoa que mora em uma cidade sem poluição. As substâncias ruins do ar fazem aumentar a pressão arterial. Segundo o Ministério da Saúde, 26,5% por cento dos 11 milhões de paulistanos têm hipertensão.
“Sou hipertenso há 12 anos. Fico mais ofegante, com o corpo mais pesado, falta de ar”, reclama o zelador José Pereira Carmo.
Em dias secos e poluídos o número de atendimentos aumenta em 30% em um pronto-socorro da Zona Sul. O menino Paulo Henrique sofre com seguidas crises.
“Toda noite que tem que dar inalação nele para ele respirar melhor. Tudo fica mais difícil. Com ele doente em casa, tudo fica mais difícil pra gente”, diz Welington Henrique da Silva, pai de Paulo Henrique.

Jonathan precisou de um procedimento de emergência para limpar os pulmões, que estavam cheios de catarro. “O que vocês acompanharam foi um trabalho de descolamento e deslocamento de secreção”, explica o médico Paulo Camargo.

O sofrimento é maior no outono e no inverno quando o clima fica seco e a poluição aumenta. Agosto do ano passado foi o mês com o maior número de dias secos na cidade desde 1943, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) começou as medições.

Choveu pouco e a umidade do ar despencou para 12%, bem abaixo do índice ideal, que é de 60%.